Pedrinho tem apenas 18 meses e muitas vezes parece saber bem o que quer, quando a mãe não faz o que ele deseja, Pedro se joga no chão e começa a gritar. Mariana (16 meses) faz um baita escândalo todo dia na hora de tirá-la do banho, sempre insisti em continuar brincando na água. Se Luiza (17 meses) não quer dormir, a casa vira de cabeça para o ar, pois ela grita, bate na mãe e chora sem parar.
E aí os pais se perguntam:
- O que eu estou fazendo de errado com a educação do meu filho? Ele é tão pequeno e já me desafia como gente grande. Por quê?
As birras e aparentes malcriações dos pequenos geram uma série de angústias e preocupações nos pais e educadores. Sem contar que a maioria deles não sabe lidar com esses comportamentos e acabam fazendo imediatamente a vontade da criança a fim de se livrar rapidamente do “escândalo”.
Mas o fato é que esses ataques de fúria são muito comuns entre crianças de 15 a 18 meses e normalmente refletem apenas um estágio do desenvolvimento infantil, fase em que a vontade própria se choca com a imaturidade emocional e verbal. Nesse estágio, o desenvolvimento motor está em alta, já que o bebê começa a andar e explorar o mundo sem depender do adulto. Além do mais, por volta dos 30 meses, as crianças começam a se perceber como pessoas e passam a entender que seu comportamento provoca uma reação no outro. Assim, quando passam a exercer esses desejos de explorar o mundo e se deparam com um “NÃO”, elas se sentem decepcionadas e demonstram esses sentimentos através dos ataques de raiva (as birras), já que são incapazes de verbalizar o que sentem.
Os pais devem ficar atentos quando os ataques de fúria acontecem muitas vezes por dia, sendo difícil de acalmá-los. Se a criança apresentar comportamentos auto-destrutivos, como se arranhar até sangrar, quebrar objetos e outros, os pais deverão procurar ajuda de um profissional, pois esses comportamentos podem sinalizar problemas psicológicos, depressão, propensão a violência, déficit de atenção e hiperatividade.
Com certeza os ataques físicos são os que causam maiores preocupações, porém há estudos que comprovam que os meninos são mais propensos a esses ataques que as meninas. Entre os garotinhos são muito comuns socos, mordidas e chutes, mas tendem a diminuir por volta dos 6 anos de idade.
É comprovado que a genética e ambiente são fatores importantes para a formação do temperamento de cada pessoa. Assim, além daquilo que está nos genes de cada um, está a importância do lugar que a criança vive, ou seja , a conduta dos pais (educadores em geral) influencia na estabilidade emocional do filho. Adultos que deixam crianças fazerem o que querem, ou adultos autoritários e inflexíveis estão criando filhos agitados, rebeldes e muitas vezes ansiosos e depressivos.
Mas o que fazer quando Pedrinho se joga no chão no meio do shopping??? Ou quando Mariana se nega a sair do banho e faz com que os pais fiquem exaustos e nervosos???
Lidar com esses ataques de fúria não é uma tarefa fácil, já que os pais perdem a paciência e muitas vezes a criança ganha pelo cansaço. Mas isso não deve acontecer, pois assim, esse comportamento agressivo será reforçado e a criança entenderá que quando ela quer algo basta gritar, ou se jogar no chão. Portanto, a mãe deve sempre manter sua palavra, se ela, por exemplo, não acha certo dar tal coisa para Pedrinho, ela deve manter isso até o fim.
Muitas vezes será necessário acalmar a criança e, para isso jamais grite tanto quanto ou mais alto do que ela. Fale em tom baixo e preciso, mesmo que pareça que não está ouvindo ou entendendo. É sempre importante abaixar-se no mesmo nível da criança, olhe em seus olhos e fale com clareza, demonstrando posição firme e sinalizando que aquilo não é correto. Talvez, a princípio, você sinta que essas atitudes não estão tendo resultados positivos, mas seja forte e mantenha a postura, pois mesmo a criança que ainda não fala, já compreende praticamente tudo o que você diz e aos poucos passará a entender o que é errado.
FICA DICA: dar amor a um filho nunca é demais, mas dar amor não é dar tudo que ele deseja. Limite faz parte da vida e começa na infância sendo imposto pelos educadores. SEJA FIRME COM SEUS PEQUENINOS, POIS ISSO É DAR AMOR E PREPARÁ-LOS PARA O FUTURO, PARA A VIDA.
Ana Paula Miessi Sanches (Psicóloga)
Oi Ana!!! Ficou ótimo o blog!!!
ResponderExcluirEsse tema das birras é bem interessante, pois esses pequenos colocam a gente em cada situação...
Queria que vc abordasse o tema medo, pois é o que está me estressando com a Juju, ela não dorme mais sozinha, não dorme no escuro e assim vai...Me dê um help!!!
Beijos e saudades
Amandita
Oi Amandita!
ResponderExcluirQue bom que vc gostou!!!!
Com qtos anos está a Juju msm? Dependendo do grau o medo é normal, afinal é ele que nos tira de situações de riscos na vida...imagine se naum tivessemos medo de nada??? Mas temos que entender direitinho o pq do medo a Jú, ver qdo começou e pq especificamente tal medo...Vou entrar em contato com vc pra gente conversar e vou publicar sobre o assunto tbm!
Gde Bjo
Aninha
Oi, Ana!
ResponderExcluirAdoro crianças e gostei muito da sua iniciativa nesse blog, parabéns!
E vamos aprendendo com os pequeninos e sobre os pequeninos.
Bjs
Viviane Vieira
Oi Vivi!!!
ResponderExcluirSuper obrigadaaaa!!!
Continue acompanhando, pois publicarei sempre publicarei novidades!
Bjs
Ana
Ana adorei seu post.. estou mesmo precisando dessas orientaçoes!! serei uma seguidora sua a partir de hj.. muita sorte!!
ResponderExcluirObrigada, Jé!!!
ResponderExcluirVou abordar sempre coisas novas...Fique de olho e se kiser alguma ajudinha me dê um toque!!!
Bjaum e boa sorte com seus pimpolhos :)
OI Ana,
ResponderExcluirTenho uma duvida q nao diz respeito ao tema aqui discutido.Mas acho q vc pode nos dar uma dica. A filha da minha prima tem dois anos e meio e tem o costume de comer cabelo e fios de lã q ela encontra no chão, ela nao arranca da cabeça, como diz aquela doença tricotilomania. Já tem uma nao mais ou menos q ela faz isso, é normal?obrigada.
Olá!!!
ResponderExcluirPrimeiramente preciso saber a idade dela. Crianças de até 2 anos (mais ou menos) costumam colocar tudo que encontram na boca, isso faz parte do desenvolvimento normal do bebê. Porém com essa idade ela não tem maturidade suficiente para saber o que deve ou não levar a boca. Portanto, quando a criança colocar o cabelo na boca por exemplo, abaixe olhe nos olhos dela e fale que é sujo e que ela não deve fazer aquilo. Não fique brava com a criança apenas demonstre firmeza!
Mas tenho que avisar que é impossível dar um diagnóstico sem ver a criança.
OBS:Me fale a idade da criança.
Espero ter ajudado!
Ana Paula
OLá Ana,
ResponderExcluirobrigada pela resposta.
Escrevi sim a idade dela,acho que vc não viu. Dois anos e meio(2anos e 6 meses.
Olá Pallas!
ResponderExcluirRelmente vc escreveu a idade dela,desculpas!
Pois então, posso falar que com essa idade a criança ainda esta na fase em que leva tudo a boca, vc deve mostrar o que pode e não pode. Pra ela aprender leva um tempo e exige paciência. Se persistir, procure um profissional.
Abraços,
Ana Paula
Oi,
ResponderExcluirA fase da empatia no desenvolvimento é delicado, nós adultos não sabemos qual decisão a tomar, em relação aos pais que querem zelar pelos seus pequeninos, ficam indecisos na questão dos limites a ser dado.
Para formação da personalidade não deve de deixar de aplicar a diciplina com limites.
Parece que eles já nascem sabendo da fragilidades de seus pais.
Belo artigo!
Abraço
Anselmo Silva Socorro
ResponderExcluirGosto muito do tema da birra, já que é algo muito presente no dia-dia de pais e educadores.
como todo comportamento a birra me parece mantida por sua consequencia, ou seja, por cedencias ou atençao.
Uma vez que o cuidador ceda a qualquer comportamento desadaptado este tem maior probabilidade de ocorrer no futuro, através do principio do reforço.
Extinguir esse comportamento normalmente é algo custoso pois exige a pratica do reforçamento diferencial, ou seja, nao dar atençao e cedencias no momento da birra, e demonstrar essas consequencias para a criança em momento pais apropriado.
Parabéns pelo tema.
Birras e aparentes malcriações geram preocupações nos pais e educadores,no entanto,quando esses ataques tornam-se auto-destrutivos,faz-se necessário a busca por ajuda de profissionais.
ResponderExcluirDeste nodo,cabe aos pais alem do amor,dar limites aos seus filhos,já que foi comprovado que genética e ambiente são fatores importantes para a formação do temperamento de cada pessoa