segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Brincar é coisa séria. Saiba o porquê.






Quando uma criança fala que vai BRINCAR, logo passa na cabeça das pessoas que ela vai descansar e descontrair. Porém, esse simples ato é muito mais que um passatempo, pois ao brincar a criança está desenvolvendo vários aspectos psíquicos e motores.
O lúdico é tão importante que desde 1959 é um direito garantido da Declaração Universal dos Direitos da Criança (declarado por unanimidade na Assembléia Geral das Nações Unidas). Portanto, jamais subestime as brincadeiras e as horas lúdicas do seu filho. Aliás, o brincar devia ser mais estimulado do que realmente é, já que cada vez mais as escolas deixam essa prática de lado, a fim de introduzir os conteúdos pedagógicos. Porém, as escolas deveriam mudar o olhar que possuem sobre o brincar. Seria perfeito se os conteúdos em sala de aula fossem baseados no lúdico, pois assim facilitaria o aprendizado do aluno, já que ao usar brincadeiras (jogos, dinâmicas, artes etc) o professor estaria falando a língua da criança.

 Até Piaget (1976), psicólogo suíço que se dedicou aos estudos do desenvolvimento intelectual das crianças, afirmou que a atividade lúdica é obrigatória nas atividades intelectuais, já que contribui e enriquece o desenvolvimento cognitivo. Ou seja, é comprovado que a criança que brinca aprende com mais facilidade.



Brincar é muito mais do que a expressão da fantasia, para a criança significa: prazer, expressão de sentimentos e aprendizagem. Enquanto um adulto vê apenas cubos sendo encaixados na caixa de madeira, para a criança aquilo significa experimentar novas possibilidades, conhecer novas formas, cores e texturas, desenvolve o pensamento, a coordenação motora, a atenção e a lógica. Assim fica fácil de perceber que o brincar é um processo de descobrimento e amadurecimento, e por isso, é imprescindível na infância.
  O lúdico está tão ligado ao desenvolvimento infantil que em cada fase há tipos de brincadeiras. Fique atento nas etapas do desenvolvimento do seu filho, pois ajudará você a estimulá-lo corretamente.

0-2 anos : nessa fase os sentidos e o desenvolvimento motor estão em alta, por isso brinquedos que possam ser levados a boca, coloridos e que propões encaixe de formas geométricas.
3-4 anos: nessa fase a imaginação está em alta. Aposte no faz de conta, nas fantasias, nos contos de fadas, nas brincadeiras de casinha e carrinho.

5-6 anos: Os jogos motores (de movimento) e os de representação (faz de conta) continuam e se aprimoram. Surgem os jogos coletivos, de campo ou de mesa: jogos de tabuleiro, futebol, brincadeiras de roda.

7 anos em diante: A criança está apta a participar e se divertir com todos os tipos de jogos aprendidos, mas com graus de dificuldade maiores.

Além de saber a brincadeira correta para seu pequenino, para incentivá-lo ao lúdico será necessário estipular um horário diário ou semanal para fazer a atividade junto com ele. A presença dos pais na hora do brincar é muito importante, pois é um momento de aproximação e estreitamento de relações entre pais e filhos, isso mais adiante influenciará na cumplicidade e diálogo entre ambos.

Dar brinquedos de diferentes materiais e tipos também é recomendável. O importante é o brincar e não o brinquedo, por isso não se preocupe se você não puder dar aquela boneca para sua filha. É possível improvisar brinquedos com uma caixa, papéis e até materiais recicláveis, isso além de economizar vai estimular a imaginação de pais e filhos.


 
FICA A DICA: Não é a toa que a terapia com as crianças é a base do lúdico, portanto é extremamento errado afirmar que a brincadeira das crianças é apenas um passatempo, é este simples ato que auxiliará no desenvolvimento da personalidade, emocional,motor e do pensamento do seu filho. Estimule as brincadeiras sempre, não só nas férias ou finais de semana. Se é professor, inclua o lúdico no planejamento pedagógico. Dê valor a essa linguagem e expressão das crianças.

Ana Paula Miessi Sanches (Psicóloga)










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