Algumas leitoras têm me perguntado sobre timidez infantil. Quando é considerada um problema? O que fazer?
Antes de mais nada, deve-se esclarecer que são traços da personalidade ser introvertido e extrovertido. A nossa sociedade dá maior valor aos extrovertidos, pois normalmente eles são mais simpáticos, falam bem e expressam seus pensamentos com maior clareza. Porém, isso não quer dizer que ser introvertido é um problema, aliás estudos recentes mostram que pessoas introvertidas são mais criativas e se destacam no mundo acadêmico.
Então, quando é um problema a timidez? Na realidade a timidez é um problema quando há algum sofrimento envolvido. Para explicar melhor falarei de um exemplo bem simples e característico em relação a esse assunto.
Quem nunca viu uma criança de canto e isolada num parque? Na realidade ela adora ir ao parque brincar com as outras crianças, mas quando chega ao local "trava", não sai da "barra da saia" da mãe e fica de longe olhando os outros se divertirem. Assim posso dizer que essa criança sofre por não conseguir se soltar e se socializar. Ela tem características de extroversão (ela quer, gosta, de brincar com outras crianças), mas a timidez não permite ela se soltar e por isso, há sofrimento.
Portanto, precisamos analisar a timidez como algo além de ser quieto, falar baixo e ficar envergonhado ao falar em público. Temos que nos questionar (retomando o exemplo acima) porque a criança não se solta no parque, por que ela demora a se socializar. Muitas vezes as respostas para esse isolamento está na baixa autoestima e uma coisa leva a outra. A criança tem dificuldade de socialização, não fala o que pensa e aceita tudo do outro sem questionamentos (características de timidez) age dessa maneira, pois é insegura e não acredita em si (baixa-auto estima). Nesses casos, em geral, é necessário recorrer a ajuda de um psicólogo.
Os pais têm papel muito importante para ajudar a criança com a timidez, principalmente quando está atrelada a insegurança e a baixa autoestima. Mães superprotetoras acabam criando filhos totalmente dependentes e isso, por si só, gera insegurança e autoestima baixa.
O ideal é educar filhos para serem independentes, isso significa permitir que a criança faça suas coisas sozinha e tenha algumas responsabilidades desde cedo (de acordo com a faixa etária). Para uma criança crescer independente e segura de si, não basta apenas dizer frases como: "Você já é uma mocinha", se você não tratá-la de tal modo.
Algumas pessoas me perguntaram se timidez é sintoma de tristeza ou depressão. Respondo cautelosamente que pode ser, mas a depressão vem acompanhada de vários outros sintomas. Se a criança dorme, se alimenta bem, brinca e está se desenvolvendo bem na escola, não há motivos para se preocupar em relação a depressão, mas se há dúvidas, procure um psicólogo para fazer uma avaliação.
A escola, o professor, também deve ajudar a criança a lidar com a timidez. Converse na escola, peça para o professor observar como é o aluno com as outras crianças e veja se é possível alguma intervenção ser feita em pró da socialização. Há diversas dinâmicas de grupos e até ferramentas para sala de aula que ajudam no desenvolvimento social.
FICA A DICA: a timidez nem sempre é um problema. Basta parar e pensar: a criança sofre ou demonstra vontade de agir de maneira mais extrovertida? A criança é imatura e dependente em relação a sua faixa etária? Ela tem a autoestima baixa? Apresenta outros sintomas além da timidez? Se a resposta for sim para essas perguntas, procure um psicólogo para fazer uma avaliação.
O ideal é educar filhos para serem independentes, isso significa permitir que a criança faça suas coisas sozinha e tenha algumas responsabilidades desde cedo (de acordo com a faixa etária). Para uma criança crescer independente e segura de si, não basta apenas dizer frases como: "Você já é uma mocinha", se você não tratá-la de tal modo.
Algumas pessoas me perguntaram se timidez é sintoma de tristeza ou depressão. Respondo cautelosamente que pode ser, mas a depressão vem acompanhada de vários outros sintomas. Se a criança dorme, se alimenta bem, brinca e está se desenvolvendo bem na escola, não há motivos para se preocupar em relação a depressão, mas se há dúvidas, procure um psicólogo para fazer uma avaliação.
A escola, o professor, também deve ajudar a criança a lidar com a timidez. Converse na escola, peça para o professor observar como é o aluno com as outras crianças e veja se é possível alguma intervenção ser feita em pró da socialização. Há diversas dinâmicas de grupos e até ferramentas para sala de aula que ajudam no desenvolvimento social.
FICA A DICA: a timidez nem sempre é um problema. Basta parar e pensar: a criança sofre ou demonstra vontade de agir de maneira mais extrovertida? A criança é imatura e dependente em relação a sua faixa etária? Ela tem a autoestima baixa? Apresenta outros sintomas além da timidez? Se a resposta for sim para essas perguntas, procure um psicólogo para fazer uma avaliação.
Ana Paula Miessi Sanches - Psicóloga
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