segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Crianças sem limites? O que fazer? Quais as consequências para o desenvolvimento infantil?


Recentemente a lei da palmada foi aprovada no Brasil e se a questão de crianças sem limites já era um tópico em pauta, agora isso se intensificou. Há pais e até mesmo educadores confusos em relação a isso, pois acham que a única maneira de educar é  através da palmada, mas reforço aqui que a violência não é uma forma de colocar limites e sim uma forma de coagir a criança . Então, vamos pensar em como de fato colocar limites?

Sempre digo que amar uma criança implica em propiciar os cuidados básicos que envolvem: 1- a saúde física e a educação-escola, 2- dar carinho e atenção e 3- colocar limites. Esses três "cuidados" permitem que a criança se desenvolva tanto nos aspectos físicos como intelectuais e psicológico. Acredito que o impor limites é algo realmente mais complicado, pois para isso é preciso tomar  algumas medidas, que para muitos pais não é algo tão óbvio.

Sabe quais são essas medidas?
1-) PARAR e FOCAR na criança por alguns momentos do dia-a-dia.
2-) OBSERVAR E PERCEBER a criança
3-) A partir disso, dar o que a criança realmente NECESSITA e não o que ela QUER.

Ou seja, tudo o que você precisa é entender as necessidades da criança, que normalmente são únicas e não comparável com nenhuma outra criança. A partir do reconhecimento das necessidades é possível saber quando é preciso dizer não ou quando é possível ceder as vontades da criança.
O que acontece hoje em dia é que os pais não param para observar o filho e geralmente nunca dizem não, pois não conseguem ver o que a criança precisa naquele momento. Eles geralmente cedem aos desejos da criança, pois é mais fácil dizer "sim" do que o "não" (o "sim" gera sorrisos, já o "não" gera birras e dá muito mais trabalho).
 Ainda em relação ao dizer "não", vejo que a grande dificuldade dos pais é frustrar os filhos,  eles querem de toda maneira proteger o sofrimento dos pequenos. Porém nós só lidaremos bem com a frustração se aprendermos isso desde criança, pois assim vamos criando ferramentas internas que nos farão ser mais fortes para lidar com as perdas e as dores inerentes da vida.
Por isso, dizer "NÃO" e fazer com que os filhos se frustrem (e aprendam a lidar com isso), é o maior ato de amor e de educação que um pai pode dar a um filho.
                                                           
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A criança está aprendendo tudo e inclusive o que é limite, ela não sabe o que pode e o que não pode, por isso, muitas vezes, elas testam a gente o tempo todo. Elas não sabem até onde podem ir , é nós adultos que delimitamos o espaço que existe entre o poder e o não poder e isso se dá através do estabelecimentos de regras e limites na educação.
 A criança que aprende o que é limite tende a crescer mais segura de si (autoestima positiva), tende a se relacionar com mais facilidade e tende a fazer escolhas mais certeiras na vida. Provavelmente será um adulto mais centrado, menos ansioso, medroso e que sabe lidar com as  frustrações inerentes da vida. Crianças que foram educadas sem limites bem estabelecidos terão a chance de viver sérios conflitos durante o resto da vida, pois podem ter dificuldades em adaptar-se e enfrentar o novo, e por isso, são mais vulneráveis a terem relacionamentos "patológicos" e a se envolverem com alcool e drogas.

Mas como colocar os LIMITES na criança? Segue algumas dicas:
1-) Pare para observar a criança. Tenha sempre em mente o que ela realmente precisa, assim você terá facilidade em dar o que ela necessita e não o que ela quer (afinal ela ainda não tem o juízo desenvolvido para saber o que é melhor para ela).
2-) Converse com a criança, desenvolva o diálogo desde sempre. Crie a oportunidade de diálogos não agressivos e fique atento para as atitudes positivas da criança e reforce isso. Enfim, incentive, elogie, e aconselhe.
3-) Sempre que possível faça a criança refletir sobre os comportamentos dela e aponte o que é certo ou errado.
4-) Não dê a criança TUDO o que ela QUER. Dificulte um pouco as coisas e não dê tudo de mão beijada. Estipule datas para dar presentes e brinquedos. FAÇA a criança CONQUISTAR e ter MERECIMENTO para ganhar as coisas. O que dá muito certo são aqueles quadros de reforço, no qual elas ganham algo quando fizeram algo positivo.
5-) Criança com limites é criança com ROTINA estabelecida. A criança consegue identificar o que pode e o que não pode quando segue uma rotina fixa (pelo menos durante a semana). A rotina é uma forma da criança entender que as coisas nem sempre são como a gente quer, e isso por si só já é uma forma de lidar com a frustração.
6-) Não evite todos as frustrações que a criança possa passar. Ao invés disso, converse e encoraje-o a enfrentar e lidar com o problema. Mostre possíveis soluções, mas não resolva por ele.

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